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CARIDADE OU FRATERNIDADE? (reflexões)

 Como pude refletir sobre tanta coisa desde que comecei a fotografar o Projeto Empatia. Eu sou repetitiva quando digo que os voluntários e os assistidos tem muito me ensinado...mas é a verdade! Pra uma pessoa que AMA conversar como eu e refletir sobre tudo na vida, tem sido uma dádiva tudo isso!😁💗 Hoje conversando com uma voluntária que entrega alimentos nas ruas de Natal (e que prefere não se identificar, e eu respeito muito isso) trocamos algumas reflexões sobre várias questões. Algumas delas inclusive, já dividi aqui com vocês( e agora tudo isso tá reunido  aqui no blog do projeto também!).Mas como nessa vida, todo dia é dia de aprender algo novo, ela me trouxe uma questão que eu ainda não tinha refletido, e achei legal compartilhar! *Importante frisar que cada reflexão que trago em forma de "textão", eu não trago como a verdade absoluta ( e isso existe? rs)  ,mas trago como convite   para que cada um de nós possa pensar  nas várias perspectivas de todas essas questões,

PORQUE O SER HUMANO PREFERE FOFOCA E NOTICIA RUIM?

Reflexão do dia: "porque notícia ruim ou fofoca viralizam mais do que coisas boas?" Ontem eu estava estudando sobre isso e achei intrigante!! Li que notícias ruins viralizam mais, porque as pessoas tendem a acreditar mais em algo ruim do que bom (a humanidade é "acostumada" com a maldade),e as vezes a pessoa desconfia até que a notícia boa possa ser real. Notícia boa não tem tanto "ibope" quanto a última "desgraça "da vez. Isso é um dado relevante que os estudos comprovam! Basta rolar o feed de suas redes sociais e ver que pra cada notícia boa, existe o dobro de compartilhamento sobre algo negativo: seja tragédia, brigas, noticias ruins, alfinetadas ou fofoca. Jornais não noticiam o bem porque sabem desses estudos, que notícia boa "não vende". Não dá ibope. A pesquisa mostrava várias explicações psicológicas pra isso, mas uma me chamou atenção :  "ler ou ver pessoas" se dando mal fazem as pessoas inconscientemente se sentirem

"O PORTA VOZ DE DEUS"

  Queria dividir algo  pessoal com vocês: Em cada grupo e ação que tenho conhecido, venho aprendendo muito. Vou pra fotografar ,mas volto pra casa com muito mais que fotos. Além de vários exemplos e lições que aprendo com os voluntários, os assistidos também me ensinam muito. E nem imaginam quanto! E na última ação que estive, não foi diferente. Deus e o universo  usam o tempo todo pessoas e situações pra falar conosco.  E dessa vez o porta-voz de Deus estava em uma casa de apoio para dependentes químicos que visitei. Ele mora na casa de apoio .Uma pessoa simples e cheia de sonhos! E também um artista: com um dom natural pra desenho, faz  maravilhas como um passatempo! E conversando, nos contou um pouco de sua vida. Abandonado quando criança, cresceu numa vida que poderia ter o levado pra outros caminhos.(como o crime ou vícios)  Mas ainda menino escolheu trabalhar, mesmo ciente que esse fosse o caminho mais longo e difícil.  "Aos 12 anos, peguei uma caixa e fui vender picolé na r

AÇÃO SOCIAL e PANDEMIA.E AGORA?

  J á percebemos que sempre que se fala sobre ação social, a gente começa a refletir cada vez mais sobre TUDO que envolve esse tema e a imensidão de coisas que cabem dentro desse universo... E ai claro que surge a dúvida á respeito da pandemia. Muito se fala sobre a execução das ações durante esse período...e ai: parar? Continuar?   Pensar sim na segurança dos assistidos e dos trabalhadores.. mas e se parar, como ficam aqueles casos mais críticos onde pessoas praticamente só sobrevivem graças à esses trabalhos? Para quem tem fome, essa fome pode esperar? E as novas demandas que surgiram causadas pela própria pandemia? (E são muitas!) O desemprego aumentou muito na pandemia. E isso aumentou o número de pessoas em situação de rua, de fome, de abandono de animais, de violência doméstica ,depressão, suicídios e outros.  Mas e a segurança frente à um vírus ainda tão desconhecido? Barra tudo isso mesmo!  São m uitas questões em pauta, ne? De fato, observei que muitos trabalhos tiveram que se

"CARIDADE NÃO DEVE SER DIVULGADA" - Será mesmo? Vamos refletir?

  Hoje queria dividir com vocês outra reflexão, a qual muito já conversei com vários voluntários durante a execução do Projeto Empatia:  " Divulgar ou não uma ajuda?"  "é certo divulgar um projeto /ação  social?"  " Falar de uma ação social que você faz não é vaidade?" Muito se fala sobre essa "polêmica": Que não devemos divulgar ações, que se falar sobre uma campanha na qual você ajudou  é  "auto promoção", que caridade se faz em silêncio, e etc.  Quem nunca ouviu algo do gênero? O fato é que o medo desses rótulos é tão forte que muita gente tem pavor de sequer comentar sobre alguma doação feita, e alguns voluntários já sofreram muito com esses julgamentos que optam por sequer falar do seu trabalho até mesmo entre amigos e parentes. Bom, vamos por partes: entendo o pavor ,pois vivemos num mundo que "ama" julgar tudo e todos...na internet então, nem se fala! Mas ai fica a pergunta: como juntar forças, arrecadar, etc. sem divul

TEM IDADE PRA SER VOLUNTÁRIO?

  Durante esse pouco tempo que estou fotografando o projeto( comecei em dezembro de 2020), uma coisa que me chama muito a atenção  é que definitivamente NÃO TEM IDADE pra ajudar! Percebo participação de diferentes faixas etárias e isso é maravilhoso! Muitos jovens realizam seus trabalhos com responsabilidade e determinação e fico inspirada ao ver, por exemplo, muitos deles em pleno final de semana ajudando o próximo, cozinhando, distribuindo alimentos e amor, quando poderiam estar por exemplo curtindo a vida como todo jovem, ou se dedicando em causa própria, como estudos e etc. (Veja bem, não estou dizendo que o jovem que faz isso está errado.. ele está vivendo! ) Esta é apenas uma observação que acho linda, pois acredito que se a pessoa se organizar e se dedicar, ela pode realizar maravilhas!! E esses jovens são um exemplo maravilhoso disso! Outro exemplo surpreendente é o dos idosos . Muita gente me fala: "ah, mas eles têm mais tempo. São aposentados, fazem caridade para preenc

LIÇÕES QUE O PROJETO TEM ME ENSINADO (e um desabafo!)

Uma das lições + duras que tenho aprendido com os voluntários (entre incontáveis lições e aprendizados) é uma dolorida e simples verdade: Muita gente não se importa. Simples e direto assim. Por mais que elas digam. Pq na hora do "vamos ver", o negócio muda. Mas pra mim, não adianta você se comover mas não se mover...Tá, eu sei: parece grosseria minha.. mas não tenho uma maneira menos dura de falar aqui sobre isso: "Ah eu até gostaria.. mas é que eu sou tão ocupado." /  "Eu gostaria de ajudar, mas eu não tenho grana".  Talvez essa seja uma das coisas que mais tenho escutado, e os trabalhadores também ao longo dos anos. Me entenda: eu  não quero julgar nada disso, pq não me cabe esse direito!  Mas sim convidar a refletir.  Eu sei que somos um universo de histórias e sentimento e cada um que sabe suas dificuldades. Eu também tenho inúmeras falhas e dificuldades, e também poderia fazer mais! (não sou e nem quero pagar de santa!) Mas hoje tenho tentado mudar, p